domingo, 18 de maio de 2014

Danças populares...

Depois de passar pelas danças africanas, danças orientais (dança do ventre, folclore árabe, dança indiana, yoga e artes marciais); pela dança clássica (ballet clássico, moderno, jazz e contemporânea); agora estou finalmente me aventurando em aulas de ritmos populares, danças folclóricas, tradicionais e dança de salão. As chamadas “danças de salão” tem a mesma origem do Ballet, que misturada à danças e cultos de origem africana, resultaram nas mais variadas danças populares que temos hoje. Entretanto, entre as re-significações da dança ocorridas no Renascimento europeu, há que se destacar o aparecimento de versões mais acessíveis às classes menos favorecidas. As danças de salão são praticadas socialmente, como forma de entretenimento e integração social e por este motivo são consideradas “Danças Populares”.

Difusão cultural. Dentre as danças difundidas, há que se destacar aquelas hoje utilizadas no ensino das academias, clubes, e outras instituições, tais como o Batuque, dança de origem africana por requebros, palmas, sapateados, acompanhados ou não de canto; o Bolero, uma das raízes do mambo, chá chá chá e salsa, que nasceu na Inglaterra, passando pela França e Espanha com nomes variados; o Chá chá chá, dança derivada do Danzon Cubano, cujo nome foi tirado do barulho feito pelos dançarinos nas pistas de dança; o Forró, designação popular dos bailes com danças populares encontrados no nordeste do Brasil; o Lundum, conhecido também como lundu, landu ou londu, de origem africana, baseada em sapateados, movimentos acentuados de quadris e umbigadas; o Mambo, que nasceu em Cuba tendo como origem os ritmos afro-cubanos derivados de cultos religiosos no Congo; o Merengue, um ritmo veloz e malicioso, nascido na República Dominicana; a Lambada, que nasceu da adaptação do Caribó em 1976, em Belém do Pará; o Pagode, uma variação do samba que apresenta caraterísticas do choro, tem estilo romântico e andamento fácil para dançar, tendo grande sucesso comercial no início da década de 1990 no Brasil.

A dança de casal foi levada pelos colonizadores para as diversas regiões das Américas, onde deu origem às muitas variedades, à medida que se mesclava às formas populares locais: tango na Argentina, maxixe, que deu origem ao samba de gafieira, no Brasil, a habanera, que deu origem a diversos ritmos cubanos, como a salsa, o bolero, a rumba etc. Outras modalidades para a prática de ensino no Brasil são o Rock and Roll, um estilo musical que nasceu nos EUA em meados da década de 1950, por evolução e assimilação de outros estilos, tornando-se uma forma dominante de música em todo mundo; a Rumba, um embalo sensual que nasceu como dança da fertilidade em que os passos dos bailarinos imitavam a corte dos pássaros e animais antes do acasalamento; a Salsa, ritmo musical desenvolvido a partir da segunda metade do século XX com contribuições da música caribenha e de danças folclóricas daquela região, dançada com acompanhamento de instrumentos de percussão; e o Samba, dança popular com origens africanas, cuja coreografia segue o ritmo com compasso binário, tocado por instrumentos de corda (cavaquinho e vários tipos de violão) e de percussão. Esta última modalidade manifesta-se especialmente no Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Origem Europeia (standart): Milonga (Espanha), Flamenco (Espanha), Paso-doble (Espanha), Xote (Alemanha), Habanera, Mazurca, Valsa vienense, Valsa inglesa, Foxtrot, Polca.
Origem Africana: Candomblé, Batuque, Umbigada, Lundum, Congo.
Ritmos Norte-americanos: Charleston, Lind Hop, Jive, Jitterbug, Balboa, Slowfox, Quickstep, Ragtime, Swing, Soul, Jazz, Blues, Funk, Rock n’ Roll, West Coast Swing, East Coast Swing.
Ritmos Latinos e Caribenhos: Cumbia (Colombia), Calipso (Caribe), Merengue (R. Dominicana), Bachata (R. Dominicana), Salsa (Cuba), Tango (Argentina), Chacha (Cuba), Mambo (Cuba), Bolero (Cuba), Rumba (Cuba), Zouk (Caribe).
Ritmos Brasileiros: Caribó, Lambada, Maxixe, Forró, Samba (enredo, choro, canção, gafieira, bossa-nova, pagode, samba-rock), Soltinho, Marabaixo...


Negrito = danças que pratiquei/pratico


segunda-feira, 5 de maio de 2014

Just thinking...

Algumas coisas devem ser preservadas numa análise factual. Há coisas que se sabe mas que não podem ser reveladas: 1) porque o orador não está pronto para falar, e/ou 2) porque o ouvinte não está preparado para ouvir...

Imagine-se durante um ano trabalhando com a responsabilidade de fazer atas de reuniões faladas em Guarani.. "Esse cara sou eu!" Nesse período durante a execução desse trabalho li muito a respeito de comunicação não-verbal e neurolinguística e aprendi a desenvolver certas capacidades cognitivas de análise corporal e situacional de uma fala.

Infelizmente não perdi o "jeito" e inúmeras vezes me coloco diante de situações de falas desconexas, desconectadas da real situação que se apresenta e até mesmo sou capaz de detectar falsas verdades e falas mentirosas. Contudo, toda falsidade e mentira expressam um desejo, e isso também serve como um  bom elemento de análise..

Andrea Borghetti

Pós-graduanda em Dança PUC/RS
Mestranda em Antropologia Social PPGAS/UnB
Especialista em Estudos Culturais e Educação PPGEdu/UFRGS
Formação em Yoga e Método Pilates CAEFFIS
Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais UFRGS
Técnica em Secretariado Executivo ETCUFRGS
Consultora em Antropologia e Meio Ambiente
Atriz, Bailarina, Coreógrafa, Diretora, Professora, Pesquisadora, Produtora...