sábado, 21 de abril de 2012

A caligrafia árabe


A caligrafia árabe (em árabe, فن الخط fann al-jaṭṭ, "arte da linha"), também conhecida como caligrafia islâmica, é uma arte decorativa própria dos povos que utilizam o alfabeto árabe e suas variantes, na escrita, e por extensão, na confecção de livros. Como parte da cultura árabe, essa caligrafia foi utilizada por séculos na preservação do Alcorão. A história da tipologia/caligrafia conheceu um divisor de águas com o advento do Islam. Os mesopotámicos, os hebreus, os gregos, os romanos e os hindus haviam impulsionado as fronteiras da estética da palavra para graus razoáveis. Mas em todos estes casos a escrita era usada em suas capacidades adequadas, como símbolos fonéticos e lógicos, sendo rude e esteticamente desinteressante.
Depois que o Alfabeto árabe foi oficializado em 786 por Khalil ibn Ahmad al Farahidi, gradativamente o Islam transformou a palavra árabe em uma obra de arte visual. Isso porque qualquer tipo de representação realista foi proibida pela revelação trazida por Maomé. Assim, todo impulso criativo plástico do povo muçulmano foi focado no desenvolvimento artístico de sua caligrafia.
Desde a escrita cuneiforme, as letras eram destacadas umas das outras. O artista árabe juntou umas às outras, de modo que a partir de então o olho, num único vislumbre, poderia ler toda a palavra, ou frase. E muito antes da moderna tipografia ocidental, foram os árabes também que elastificaram suas letras a ponto de poder então, esticá-las, prolongá-las, contraí-las, incliná-las, estirá-las, endireitá-las, curvá-las, dividi-ls, engrosssá-las, estreitá-las, alargá-las em parte ou no todo, como lhe aprovesse.

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