A caligrafia
árabe (em árabe, فن
الخط fann al-jaṭṭ, "arte da linha"), também conhecida
como caligrafia islâmica, é uma
arte decorativa própria dos povos que utilizam o alfabeto
árabe e suas variantes, na escrita, e por extensão, na confecção de
livros. Como parte da cultura árabe, essa caligrafia foi utilizada
por séculos na preservação do Alcorão.
A história da tipologia/caligrafia conheceu um divisor de águas com o advento do Islam. Os mesopotámicos,
os hebreus, os gregos,
os romanos
e os hindus haviam impulsionado as fronteiras da estética da palavra para graus
razoáveis. Mas em todos estes casos a escrita era usada em suas capacidades
adequadas, como símbolos fonéticos e lógicos, sendo rude e esteticamente
desinteressante.
Depois que o Alfabeto
árabe foi oficializado em 786 por Khalil ibn Ahmad al Farahidi, gradativamente o Islam
transformou a palavra árabe em uma obra de arte visual. Isso porque qualquer
tipo de representação realista foi proibida pela revelação trazida por Maomé.
Assim, todo impulso criativo plástico do povo muçulmano foi focado no
desenvolvimento artístico de sua caligrafia.
Desde a escrita cuneiforme, as letras eram destacadas
umas das outras. O artista árabe juntou umas às outras, de modo que a partir de
então o olho, num único vislumbre, poderia ler toda a palavra, ou frase. E
muito antes da moderna tipografia ocidental, foram os árabes também que
elastificaram suas letras a ponto de poder então, esticá-las, prolongá-las,
contraí-las, incliná-las, estirá-las, endireitá-las, curvá-las, dividi-ls,
engrosssá-las, estreitá-las, alargá-las em parte ou no todo, como lhe
aprovesse.
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