O alfabeto árabe pertence, segundo a classificação
de estudos recentes, ao grupo alfabético semítico onde as consoantes são
destacadas e as vogais secundarizadas – a escrita ou não das vogais é opcional.
Trata-se, particularmente, do grupo Norte Semita que se desenvolveu por volta
de 1700 a.C. na Palestina e na Síria e de onde também se originaram os
alfabetos Hebreu e Fenício. Na noroeste da Arábia, esta escrita prevaleceu (o
mesmo conjunto alfabético seria apropriado pelos gregos que lhe introduziriam
vogais e lhe especializaria até que tomasse a forma do Romano Arcaico,
ancestral da escrita Ocidental de hoje) relacionando-se com a escrita Nabatica
de onde deriva o Aramaico. Esta caligrafia floresceu no século V entre as
tribos arábicas de Hirah e Anbar e popularizada pela aristocracia Quraysh,
tribo do profeta Maomé.
Como as demais escritas semíticas, a escrita árabe é feita da direita para a esquerda e consiste em 17 caracteres que, combinados com a colocação de pontos, acima ou a baixo de cada um deles, originam as 28 letras do alfabeto oficial – há ainda outros símbolos correspondentes às vogais já que sua supressão tornou o entendimento confuso nos países para onde o idioma árabe se expandiu mas de origem linguística mais diversa. Um seguimento contínuo das ascendências verticais e descendência das curvas equilibram movimento e estática e possibilitam infinitas variações dentro dos seus principais estilos: Deewani, Kufi, Naskh, Riqa, Taliq e Thuluth.
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